quarta-feira, 29 de julho de 2009

ESTADO DE ESPÍRITO


"Contradizer-se: que luxo!"

Vamos deixar a hipocrisia de lado. Quando você está solteira, você deseja um namorado bacanérrimo, inveja todos os casais que vê pela frente, fica com um monte de caras cheirosos, deliciosos e canalhas (na sua opinião), sai pra lá e pra cá com suas amigas malucas que obviamente te divertem e acaba (depois de quatro doses a mais) com um discurso manjado de como está difícil achar alguém legal pra dividir a vida, dividir os medos, o café da manhã, as contas e o tédio de domingo. E o blábláblá não acaba. Nós somos poderosas, evoluídas, revolucionárias, os pobres-coitados são sempre culpados. E vamos descer a lenha: tem que ser muito homem pra ficar com uma mulher como você, independente, linda, engraçada, com texto forte, personalidade e corpão.

Mentira minha? Tire a culpa da sua bolsa, jogue em cima do rapaz, cara paleozóico, que só quer uma figura dócil para afirmar sua masculinidade, fazer bonito na frente dos outros e poder dispensar as outras lindas e interessantes que parecerem (logicamente, depois de beijar e iludir cada uma) com a frase mais usada no mundo: "sabe o que é? Eu tenho namorada!"

"Hã?", você pergunta incrédula. O canalha tem namorada. E você chora pelo babaca, diz que os homens são todos iguais, nunca mais vai se apaixonar de novo (mesmo que tenha um Santo Antônio escondido em casa), se embola com namoros virtuais e não entende porque só atrai gente problemática.

Você se reconheceu em alguma palavra até aqui? Sinto dizer, é a vida. Mas como o mundo dá voltas e um dia é da caça e o outro (oba!) do caçador, uma certa hora todo esse material maravilhoso que você é se depara com uma pessoa incrível que te faz acreditar que amor não é marketing, nem invenção de Shakespeare. E você se sente abençoada, agradece aos céus por achar um cara tão sensível e vocês vivem felizes para sempre. Felizes e apaixonados até constatarem o óbvio: ninguém é perfeito. Aí meu bem, começa um outro discurso. Nem melhor nem pior, mas diferente. É reclamação que não acaba, a velha saudade da vida de solteira que bate, aquele defeito charmoso dele agora faz você ficar louca. Louca, não. Louquíssima. E você sente falta de acordar sozinha, sente falta do seu espaço, sente falta das suas amigas e das noites divertidas e vazias que vocês passavam (lógico que não eram vazias, vocês tinham umas às outras!), sente falta de não ter que ligar e dar explicação de onde você estava e o pior: começa a achar graça naquele cara que você nunca achou a menor graça. Mentira minha?

Pois é. Solteiros, casados, juntados, a questão não é o estado civil, mas a sensação que volta-e-meia volta: nunca estamos satisfeitos. A vida é feita de escolhas e em cada escolha há uma perda. E perder dói. Se você se sente plenamente realizado todos os dias com alguém que você convive há muito tempo (namoros à distância e paixões tumultuadas não estão em questão), parabéns, eu não conheço ninguém igual a você.

Porque não é fácil ficar sozinho, não é fácil viver com alguém, mesmo que seja o grande amor da sua vida. Conviver é uma arte complicada.

Haja tolerância, paciência e jogo de cintura para agüentar nossos defeitos e os do outro. Viver sozinho também não é mole. Haja sabedoria para estar só e se sentir sempre em paz.

Mas como nada nunca é perfeito, penso que a única saída é aproveitar cada momento (independente do estado civil que você se encontre) e aceitar a realidade como um presente. Porque perfeito mesmo só a imperfeição. Que faz ter sentido até o que não se explica.

(Jean Cocteau)

“Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida.”

(Che Guevara)

terça-feira, 28 de julho de 2009

O PODER DAS PALAVRAS ...

Certa vez, dois homens doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os bons fluidos circulassem nos seus pulmões. Sua cama estava junto da única janela do quarto.

O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas, eles conversavam horas e horas. Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias...

Todas as tardes, quando o homem que estava na cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever para seu companheiro de quarto, todas as coisas belas que ele conseguia ver do lado de fora.

O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era animado por toda a atividade e cor do mundo do outro lado da janela; enquanto um se sentava para que os bons fluidos circulassem pelo seu corpo, o outro se abastecia de esperança para um dia melhorar e também poder olhar para o lado de fora da janela.

O homem que sentava na janela dizia que do lado de fora tinha um belo parque com um lindo lago, ele falava dos cisnes que nadavam com os seus filhotes, dizia que as crianças brincavam com os seus barquinhos, casais de namorados e famílias caminhavam de mãos dadas por entre as árvores.

Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia a beleza da paisagem do lado de fora com os mínimos detalhes, o homem na cama ao lado fechava os seus olhos e imaginava a beleza da cena que era descrita por seu companheiro.

Um dia, o homem que sentava na janela descreveu um desfile que estava passando. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor retratava a cena através de palavras com todos os detalhes.

Dias e semanas se passaram, uma manhã, a enfermeira chegou no quarto trazendo água para dar banho nos pacientes e para sua surpresa encontrou o homem que deitava na cama perto da janela morto, tinha falecido, enquanto dormia. Ela ficou triste e pediu ajuda dos seus colegas para que levassem o corpo.

Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem que apresentava significativas melhoras, perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse sim e fez a troca.

Antes de deixar o quarto, a enfermeira observava que o homem apresentava sinais de dores pelo corpo, mas mesmo assim se movia lentamente com muito esforço, mas cheio de esperança de ver a beleza do mundo do outro lado da janela, ele ergueu-se, apoiado nos cotovelos, para contemplar o mundo lá fora.

Quando olhou pela janela... percebeu que, do lado de fora tinha apenas uma parede de tijolos! Então, ele perguntou para a enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas, olhando para uma parede de tijolos.

A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede, mas acreditava que ele quisesse lhe transmitir esperança e coragem..., pois ele sabia que as suas chances de se recuperar eram melhores que a dele, e ele também conhecia o poder das palavras.

(desconhecido)


“O Homem é do tamanho do seu sonho.”

(Fernando Pessoa)

domingo, 26 de julho de 2009

TRABALHO DE CORTE E COSTURA




TRABALHO DE HISTÓRIA DA MODA

Um dos trabalhos do terceiro período...


Flávia, Francisco e eu

Um dia daqueles...


quarta-feira, 22 de julho de 2009


BUSCO POR GENTE ....

Tenho encontrado muitas pessoas, porém não encontro gente....

Há um vazio dentro de cada um, um processo de fechamento em sentimentos.

Encontro sorrisos, porém daqueles que expõem apenas os dentes.

Encontro verdadeiras tocaias, e não corações.

Reservas insistentes da solidão.

Tenho encontrado pessoas medrosas, indecisas, escondendo-se de si mesmas.

Pessoas que dizem: Não sei..., Não sei se quero..., Não sei se posso...

Quando sabem exatamente o que querem e o que buscam, e não se arriscam ao menor impulso.

Pessoas duras, escuras, impossibilitadas de amar.

Estas, cansei de encontrar...

Busco por gente que empreste o ombro, que não tenha medo de dizer que levou um tombo.

Busco por gente que assuma que amar traz sofrer, e, com esta certeza, não venham a se esconder.

Busco por gente que tenha a experiência de sobrevivente de guerra.

Busco por gente, que de tanto caminhar, não tenha receio de dizer que seus pés ainda têm muito por machucar.

Quero gente de coragem para comigo conversar.

Gente que saiba que máscaras não dão mais para usar, e sendo seu perfil interno, branco ou preto, tenha a dignidade de revelar.

Busco por gente que chore livremente, sem preconceitos pelas lágrimas derramadas.

Quero gente que saiba exatamente para onde está indo e o que deseja encontrar, mesmo que esta busca jamais venha alcançar.

Busco por gente,"Seres Humanos", que saibam se doar, estes, eu anseio por encontrar.

Gente de decisão, sem argumento para esconder, escusas ações.

Quero gente que é gente, que mostra a cara, vai à luta e dorme contente.

É desta gente que eu preciso!

Gente liberta, que me dêem um canto em seu colo e saibam me acariciar, sem tempo, sem hora e em qualquer lugar !!!

Cora Maria

“Quem sabe Deus queira que conheças muita gente enganada antes que conheças a pessoa adequada para que, quando no fim a conheças, saibas estar agradecido.”

(Gabriel Garcia Márquez)

segunda-feira, 20 de julho de 2009


Canção Da América
Milton Nascimento
Composição: Fernando Brant e Milton Nascimento

Amigo é coisa para se guardar

Debaixo de sete chaves

Dentro do coração

Assim falava a canção que na América ouvi

Mas quem cantava chorou

Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou

Com seu canto que o outro lembrou

E quem voou, no pensamento ficou

Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar

No lado esquerdo do peito

Mesmo que o tempo e a distância digam "não"

Mesmo esquecendo a canção

O que importa é ouvir

A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier

Qualquer dia, amigo, eu volto

A te encontrar

Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.
Feliz dia do amigo! Aqui fica a homenagem a todos os meus amigos!!

Renata Gonçalves
Nessa sexta fez dois anos que perdi uma amiga muito querida... amiga de infância... fizemos o ginásio juntas, éramos muito unidas e posso lembrar-me dessa fase como se fosse ontem, lembro-me de mínimos detalhes, das festas da escola, do trabalhos, dos assuntos nossa e ate dos namoradinhos, rs que dizíamos que namorávamos mais que na verdade não passava de amizades, ela era a melhor aluna da turma, sempre dedicada, sempre atenciosa com todos e melhores notas era dela... fomos crescendo e nossas vidas foram tomando rumos diferentes, ficamos um bom tempo sem contatos e um belo dia quando abri o meu orkut la estava ela me adicionando, nesse dia fiquei tao feliz que liguei para todas as amizades que tínhamos em comum para contar a novidade, então reacende o calor de nossa amizade, tínhamos praticamente hora marcada para nos falarmos pelo msn, estava ela casada, e virado aeromoca, nossa que alegria, era como um vicio precisávamos conversar todos os dias... não tivemos oportunidade de nos revermos novamente pois, nossas vidas estavam muito distantes... e um belo dia a triste noticia, em um acidente aéreo, perdi minha querida amiga, que pena, senti e sinto ate hoje... e no dia do amigo gostaria que você estivesse aqui para te enviar um e-mail ou quem sabe um scrap...

E que não posso, fica aqui registrado todo o amor que sinto por você, que Papai do Céu te proteja sempre! Obrigada por todas as lembranças maravilhosas que você deixou!











sábado, 4 de julho de 2009

“Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre.”
(Cecília Meireles)