domingo, 24 de maio de 2009

Mini Lojas

Achei bem interessante essa reportagem, espero que gostem!




Comerciantes faturam em shopping de minilojas
24.05.2009

Mercado livre! Empresários lançam novo formato de negócio para a comercialização de produtos. Eles contratam um galpão, que é dividido em pequenos espaços e alugam para micro e pequenos empreendedores.

Detalhe: na loja só ficam as mercadorias! Os funcionários do próprio espaço são responsáveis pelas vendas. Os negócios são variados: roupas, bijuterias, bolsas, cintos e bonecos de pano.

“A loja foi desenhada para atender essas pessoas que fazem seus produtos, criam, têm idéias e estão começando agora, mas não têm espaço para expor sua marca. Então, aqui o custo é baixo, o risco é baixo, e a procura de fato é muito grande”, explica o empresário Gustavo Ferriolli.

Primeiro, o empresário Gustavo Ferriolli escolheu um ponto comercial movimentado. Ele alugou e reformou um espaço. Depois dividiu e sublocou o lugar para dezenas de inquilinos com pequenos negócios.

No espaço, com 120 metros quadrados, foram instaladas 130 minilojas. Cada loja nada mais é do que uma “caixa”: em cima vai uma placazinha com o nome, e dentro os produtos.

O negócio deu tão certo que em uma semana todas as minilojas foram alugadas. Já existem 80 interessados em fila de espera.

O empresário aproveitou o quanto pôde as paredes e fixou as lojas caixa de um lado ao outro, de cima a baixo. Além do espaço, Gustavo disponibiliza nota fiscal de venda, divulgação na internet e vendedores treinados.

Quem aluga as minilojas só precisa vir ao local para repor mercadorias e receber o valor das vendas. O expositor acompanha as vendas de casa, com uma senha pela internet.

“Pela internet você faz tudo. Você tem tudo real pela internet, tudo escrito. Se está faltando alguma coisa, você marca o que está faltando e vem. É genial. A ideia da loja é muito bacana”, comenta a expositora Vanessa Lehman.

“É uma forma de ter um ponto de venda com muito menos risco, menos trabalho, porque aqui tem a equipe de vendedores. A gente acompanha as vendas e está bem mais focado em produzir”, acrescenta a expositora Raisa Terra.

As contas mostram que o negócio é lucrativo para os dois lados. O empresário Gustavo gasta R$ 19 mil por mês com aluguel do espaço e seis funcionários e fatura R$ 32 mil por mês com a locação das minilojas. Para o empresário, um dos segredos do sucesso é que ele focou num segmento numeroso: o das micro e pequenas empresas.

Para os inquilinos das pequenas caixas, é a oportunidade de montar um negócio com risco e investimento mínimos. O aluguel custa de R$ 80 a R$ 550, dependendo do tamanho da caixa. O contrato é por mês.

“Eu acho bom para os dois lados: bom pra mim, que não corro risco de vender pouco e ter de ficar numa loja que você está pagando e vendendo pouco; e bom para eles, porque vai ter sempre produtos que o cliente vai gostar”, acredita a expositora Cinara Di Ciommo.

“A principal vantagem é o modelo de negócio da loja ser custo fixo de aluguel, e não uma porcentagem. Assim, conforme o produto vai dando certo e a pessoa obtendo sucesso, vai tendo mais lucro e pode investir em novas idéias e novos produtos”, afirma o empresário Gustavo Ferriolli.

Só fica mesmo quem tem lucro. A regra é a seguinte: o empresário que não estiver vendendo bem tem de sair e dar lugar para outro. O expositor tem meta: precisa faturar por mês pelo menos duas vezes o valor do aluguel.

“Nesse modelo, quem decide pelos produtos da loja é quem está comprando. Isso dilui meu risco porque eu não preciso apostar num produto ou outro. Só ficam na loja mesmo os produtos que estão vendendo”, diz Gustavo Ferriolli.

Na briga por mercado, os expositores aproveitam ao máximo o espaço nas pequenas caixas e capricham na decoração: grama sintética, espelhos e lantejoulas na fachada atraem e encantam.

“Eu acho legal, porque cada caixinha é como se fosse um mundinho diferente. Cada caixinha é uma lojinha, e é bem criativo”, comenta a cliente Henrietta Prioste.

“Cada caixa é decorada pela própria pessoa que aluga. Então, a estética da loja é determinada pela criatividade dos expositores. Uma vitrine bem feita é a chave para conseguir vender mais”, disse a vendedora Stephanie Avari.

O espaço chega a receber 800 pessoas por dia. Os minilojistas comemoram. Tatiana Schmidt tem uma lojinha de objetos de decoração. Ela começou há três meses e sempre ultrapassou a meta de venda. Além disso, a pequena caixa de 25 centímetros virou referência para outros lojistas.

“Na região passa muita gente e tem divulgado muito. Eu estou recebendo convite para vender em outros lugares de pessoas que viram os meus produtos aqui”, comemora a expositora Tatiana Schmidt.

Outra expositora, Eunice Navarro, vende roupas femininas. Ela começou com a menor caixa e hoje aluga a maior. A pequena empresária vende por mês 14 vezes o valor do aluguel e já está na fila de espera por mais espaço.

“A gente paga bem pouquinho e tem um retorno bem grande, que compensa. Então eu acho que, para nós, foi o ideal essa caixinha”, comenta Eunice.

A variedade estimula o consumidor. Ele escolhe entre centenas de produtos. Com tanta oferta, acaba comprando mais. “Têm acessórios, tem roupa, moda íntima, tem de tudo”, aponta a cliente Ediva Ferreira.

“Tem muita variedade de coisas aqui. Você olha e vai pegando um monte de coisas no final das contas”, opina a cliente Clara Perazzo.

http://pegntv.globo.com/Pegn/0,6993,LIR335078-5027,00.html